23.3.15

:(

Não é um pensamento feliz, mas é impossível não o ter. Olhando para o passado e para o presente sinto-me usada. Descobri-o há muito tempo e confirmo-o agora: os desgostos nas amizades doem muito mais do que os desgostos de amor. É como se a dada altura eu tivesse dado jeito como amiga e assim que virei costas tivesse deixado de ter interesse porque nada mais havia a ganhar com a manutenção do contacto. Ah, é efeito da distância... É efeito da distância uma ova! Mantenho contacto com outros amigos que estão longe, e que não têm filhos, nem pretendem vir a ter. Assim salvaguardo já a questão do ah, os interesses mudaram e agora não há pontos em comum. Ou se calhar nunca houve genuinamente interesses comuns. Bom, é a vida. Nesta fase já não me devia surpreender, mas de vez em quando o meu coração de Bambi vem à tona.

2 comentários:

  1. Sinto exactamente o mesmo, "os desgostos nas amizades doem muito mais do que os desgostos de amor". Tive, estou a vivê-lo, um desses desgostos há pouco tempo e o pior é pensar que, se calhar, o meu amigo nem se apercebe disso ou que se apercebe e não quer saber. Então fomos mesmo amigos até agora? Para mim, sim. Para ele, não sei.

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  2. Infelizmente, cada vez mais somos úteis para os outros. Quando a utilidade acaba... Não tem a ver com distância ou proximidade, mas com as pessoas. Enfim, há pessoas que não fazem falta, é o que vamos aprendendo.

    Horas Extra

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