Estávamos em Maio de 2013 e a última coisa em que pensava era em ser mãe. Pensava em viagens, pensava no emprego novo, pensava no que aconteceria connosco quando mudasse de país, pensava em como seria viver uma vida nova num país novo. Não poderia imaginar que a tal vida nova que me esperava incluiria mini-pessoas e desejos que não sabia existirem em mim. Em Maio de 2013 tinha chegado há poucos meses de uma viagem alucinante do outro lado do mundo, tinha passado o ano no calor do Cambodja e poucas horas depois passeava os braços destapados nos muitos graus negativos da China. Em Maio de 2013 já tinha decidido que o meu amor por Timor ficaria em standby e tinha a certeza que tinha tomado a decisão certa. Tinha razão, mas por motivos que não poderia imaginar.
Em Maio de 2013 era só eu, era uma pessoa no singular. Hoje somos três, com perspectivas de virmos a ser quatro. Hoje não há viagens loucas decididas em cima do joelho. Hoje há decisões muito pensadas a dois, mas pensando nos três (ou quatro). Hoje o meu sono é interrompido inúmeras vezes por noite e a cada manhã sou brindada com o sorriso mais bonito e sincero. Hoje sou muito diferente de quem era há dois anos e tal e sou feliz de uma forma muito diferente.
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