Ia escrever que tenho andado afastada do blog por falta de vontade de escrever, mas na verdade não é bem isso. É aquele travão mental que de vez em quando nos recorda que há quem leia isto e não me convém ser um livro totalmente aberto. Passa-se muita coisa, muitas mudanças e eu ando a processar tudo de forma silenciosa. Ainda não me encontrei no meio de tudo isto, o que não me parece assim tão estranho se recordarmos que há mais ou menos três anos vivia no lugar de quase sempre, viajava livremente quando e para onde me apetecia, não tinha obrigações familiares e estava prestes a abraçar um novo desafio profissional. Três anos depois sou outra. Tudo mudou. Depois de várias tentativas sou mãe e estou quase a ser de novo. Não tenho qualquer dúvida de que esta é a maior loucura da minha vida (e consigo contar tantas!), mas também não tenho qualquer dúvida que este é o caminho a seguir. Três anos depois tenho uma família de três, quase quatro. Este passou a ser o factor fundamental para a tomada de qualquer tipo de decisão, e tem consequências a todos os níveis da minha vida. E é aqui que tenho tanto, mas mesmo tanto, para assimilar e processar e decidir. Sigo o caminho tradicional ou faço das minhas, mando o que é suposto ser e fazer às urtigas, e sigo o caminho que agora me apetece? Diria que se está mesmo a ver a minha opção, mas deixem-me ruminar mais uns tempos sobre o assunto e depois se verá.
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