2.4.16

25 semanas e uma loja :D

Tanta coisa que podia escrever por aqui, mas o tempo (ou a falta dele) não me me deixam. Há umas semanas voltei a sentir-me eu. Eu, a pessoa que existia antes de ser mãe com uma série de ajustes feitos após a maternidade. Não voltei ao ponto de partida (não sei se alguma mulher mãe volta), mas voltei a sentir-me eu, bem comigo própria, com o meu novo ritmo e a minha nova noção de como gerir o tempo. Não há tempo para tudo o que gostaria, nem há tempo para tudo o que havia antes, mas há tempo bem gerido e muito bem passado. Precisei de mais de um ano até atingir o meu novo ponto de equilíbrio, que na verdade daqui a umas semanas voltará de novo ao tapete!

Continuo a ser mãe a tempo inteiro (quem diria há não muito tempo que me sentiria bem nesta pele?), decidi que este tempo era meu - nosso - e que o deveria ocupar da forma que me  - nos - fizer sentir melhor. Afinal esta é uma fase que não sei quando terminará e que dificilmente se tornará a repetir. 

Já ultrapassei as 25 semanas de J., mais uns dias e entro no 3º trimestre (glup! O que aconteceu desta vez? O tempo acelerou e eu não me apercebi?). Estamos bem: ele crescido, eu pançuda. Ainda não preparei nem comprei mais nada para o rebento (OK, confirmam-se as teorias sobre o segundo filho!). Ando numa descontracção sem igual, a achar que ainda falta muito para o nascimento e que há tempo para tudo e mais alguma coisa. Na verdade, e apesar da barriga de 6 meses, continua a parecer-me algo irreal estar grávida de novo, de modo que ainda mais irreal me parece que um destes dias tenha de novo um recém-nascido em casa. A não ser que algo saia do fio condutor definido quero repetir a receita anterior: bebé nasce em Itália, vimos para casa e a vida continua como será a partir daí - a quatro. Não quero cá mais ninguém, não quero visitas nem ajudas vindas de Portugal. É loucura? Talvez seja, mas a verdade é que vamos ter que nos desenrascar a quatro daí para a frente, por que não começar logo do dia um do nosso novo mundo? Ter cá alguém estranho (ao ambiente, ainda que próximo) causaria, do meu ponto de vista, mais entropia do que outra coisa qualquer, de maneira que vou ser louca pela segunda vez (já que da primeira correu bem) e acreditar que daremos conta do recado sozinhos.

Na verdade, a minha descontracção é tanta que decidi pôr em marcha uma ideia com mais de um ano. Descobri algum tempo depois de engravidar, e confirmei depois de ser mãe, que a maior parte da roupa para recém-nascidos que se vê por aí não me cativa. Não a acho prática, nem bonita, nem particularmente interessante em termos de design nem de materiais. Daí a ter vontade de dar a conhecer aos outros, e a vender, o que realmente me agrada foram meia dúzia de passos. Depois decidi ter juízo e ficar quieta. Pois que assim que me comecei a sentir bem comigo esta ideia me começou de novo a povoar os pensamentos. E, como eu ainda sou quem era, dada a decisões tomadas num abrir e fechar de olhos, de um dia para o outro decidi que haveria mesmo loja online a vender roupa de bebé prática, bonita, de qualidade, e sem estilo rococó. Ando nisto há umas semanas, a tratar completamente sozinha das várias frentes da coisa. Habemus formalidades tratadas, site a avançar, encomendas feitas e mini-roupas já a chegar. Mais umas semanitas e eis que nasce a loja, ainda antes do J.! 

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