O Miguel, com excepção das primeiras 3 ou 4 semanas, sempre fez sestas curtas, muito curtas mesmo. Às vezes dormia 5 minutos, outras 10, 15 de vez em quando e 20 minutos quando o rei fazia anos. Cheguei a cronometrar as sestas, não fosse apenas impressão de quem vê o tempo a correr sem dar para tudo o que se queria, e afinal o rapaz dormir horas e eu ter uma percepção errada do tempo. Não estava enganada, ele dormia mesmo muito pouco tempo seguido. Várias amigas me tinham alertado para a dificuldade dos dois primeiros meses, mas que depois tudo ia melhorando. No meu caso não foi assim. Preparei-me mentalmente para dois meses infernais. Não foram semanas fáceis, mas acho que me aguentei bem à bronca. Depois fiquei à espera do paraíso... que não chegou. Com 3 meses o Miguel fazia as tais micro-sestas (quase sempre ao colo) que não me permitiam fazer nada de nada e só estava bem ao colo, ou chorava desalmadamente. Agora olho para trás e ainda estou para perceber como é que a casa não se transformou num verdadeiro caos de pó, cotão e roupa para lavar e passar. Parece que também ninguém passou fome e, infelizmente, a única pessoa que cozinha cá em casa sou eu. Tinha amigas com bebés da mesma idade que diziam ter saudades deles, já que os rebentos dormiam 4 e 5 horas seguidas. Ainda estou para saber o que é uma sesta de 4 horas! Mas, por volta dos 11 meses, o mafarrico que me vira a casa e a vida do avesso começou, finalmente, a fazer sestas mais longas. Uma hora seguida a dormir e eu a descobrir o nirvana! Agora, com 17 meses, faz uma sesta por dia. No mínimo dorme uma hora, normalmente hora e meia ou duas, e em dias de festa brinda-me com 3 horas seguidas de sono diurno. Agora é esperar para ver o que acontece quando o irmão nascer... (medo!)
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