24.5.16

cansaço

Na gravidez do Miguel o 3º trimestre passou-me  um pouco ao lado. Todas me falavam do cansaço, da exaustão, de como era difícil e desconfortável dormir, das dores, do desespero por chegar ao final da gravidez. Depois do stress dos primeiros três meses e dos sustos constantes que me acompanharam no 2º trimestre, os últimos meses de gravidez foram uma espécie de bálsamo, só interrompido pelos diabetes. 

Desta vez o primeiro trimestre foi igualmente stressante (ainda que tenha passado mais depressa, estava entretida a cuidar do Miguel!), mas de resto a gravidez tem sido serena. Mesmo os diabetes, que mais uma vez são um elemento desestabilizador, não estão a ter o impacto que tiveram na gravidez do Miguel. Mas (há quase sempre um mas, não é?) desta vez sinto o cansaço do terceiro trimestre. Não me apetece que a gravidez termine já, tenho ainda muita coisa para preparar e terminar antes do J. nascer. Mas sinto-me cansada. Há dias em que acordo cansada. Não conhecia esta sensação, felizmente, e é um pouco desesperante acabar de sair da cama com os níveis de energia já na reserva. A sesta diária do Miguel é o meu momento de relaxamento, ainda que, sem excepção, ocupe este tempo a trabalhar (trabalhar em sossego com uma caneca de chá ou café ao lado é uma forma de relax para mim). Podia dormir, podia esticar-me no sofá, podia ler um livro ou ver um filme, mas a workaholic que normalmente habita em mim continua a viver no meu eu grávido. Sinto-me mais pesada do que na gravidez do Miguel quando na verdade peso menos (33 semanas, 4 quilos a mais). Na gravidez do Miguel ocupava o tempo como bem entendia e não tinha que correr e fazer o pino enquanto tomava conta de um bebé irrequieto de 17 meses. Agora, desde que acordo até que me deito, lido com a energia inesgotável de um pequeno mafarrico. Acho que a razão do cansaço é mais esta do que qualquer causa física minha. Eu estou igual, mas desta vez o ambiente que me rodeia exige mais de mim.

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