Ontem tive esperança de conseguir ver as feições do M. na ecografia a 3D, mas o miúdo tem mau feitio e só nos deixou ver o nariz e um olho. Mas isto é mesmo um pormenor sem relevância nenhuma, é mariquice de quem já se sente mais seguro e acredita que desta vez vamos mesmo chegar a bom porto. O importante é que ele continua a desenvolver-se normalmente. Todas as medições rondam o percentil 50 (já uso a palavra percentis, estou quase uma mãe feita!) e pesa 2350 gramas. Está crescido!
Desvaneceram-se os meus receios de estar a perder peso e de o estar a prejudicar, e isso fez-me respirar de alívio. A sensação de não lhe conseguir dar as melhores condições dentro da minha barriga estava a fazer-me ter pensamentos menos bons. Estamos nós a preparar tudo cá fora para que ele chegue e seja recebido com todo o conforto e segurança, e depois, aquilo que à partida é garantido, segurança in-útero, eu não lhe consigo dar? Pronto, pensamento afastado para longe para meu descanso e bem-estar da mini-criatura. Confirmou-se que emagreci um quilo desde a última consulta, mas o M. continua a crescer, de modo que a minha perda de peso não o afecta, e portanto não faz mal a ninguém.
Os diabetes, apesar de os meus valores de glicose nem sempre serem os melhores, não estão a afectar o pequenote. Aliás, a minha perda de peso deve ser efeito da dieta que faço para tentar controlar os valores da glicémia. Para quem quer emagrecer, o segredo - que não é segredo nenhum - é mesmo aquele que todos sabemos: nada de doces, corte radical nos hidratos de carbono e comer frequentemente. Eu achava que era difícil comer de 2 em 2 horas, mas a verdade é que tendo em conta o que como em cada refeição, 2 horas depois tenho mesmo fome! Tenho neste momento mais 6 quilos do que tinha quando engravidei e estou a pouco mais de 5 semanas do parto. Efeito positivo dos diabetes: ajudaram-me a não ganhar peso de forma exagerada. Desconfio que depois do parto estes seis quilos desaparecerão em três tempos... se eu não me desgraçar e decidir tirar a desforra desta fome de doces e açúcar, claro!
Saí do consultório com a prescrição para as análises necessárias para o parto e com nova consulta marcada para próximo das 38 semanas (tudo soa agora a recta final, e eu acho que ainda não estou bem ciente da realidade). Apesar da nossa vontade para que ele nascesse antes do Natal começo a convencer-me que o mais provável é isso não acontecer.
Enquanto escrevi este texto o bebé M. fez a minha barriga andar num reboliço de um lado para o outro, e disto vou ter muitas saudades (é possível começar a passar pelos baby blues ainda antes do bebé nascer?!).
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