6.8.14

a casa e as 18 semanas

Mudámos de apartamento no dia a seguir a ter chegado de Riga. Agora temos um quarto vazio à espera do bebé e, neste momento, já temos uma casa arrumada e funcional. Claro que nos primeiros dias numa casa nova nos sentimos sempre apaixonados pelo novo poiso, mas desta vez sinto que é para cá ficarmos enquanto estivermos por estes lados. Tenho espaço, tenho luz, tenho sossego. Imagino-me a viver em Aveiro, ou noutro sítio qualquer, neste apartamento. Não é uma casa com características locais (com excepção do tecto de madeira inclinado, que eu adoro), é uma casa normal em qualquer lugar no mundo.

Às 18 semanas a barriga decidiu que era altura de se tornar mais visível. Mas, para já, e para quem não sabe, estou só mais gordita numa zona muito específica. Mais umas semanas e terei mesmo uma barriga visivelmente de grávida! Assustam-me estas mudanças no corpo. Na verdade, lido com uma mistura de sentimentos. Por um lado, estar grávida (e apesar de ainda nem ter chegado a meio do caminho) é passar por uma experiência difícil de descrever. Saber que dentro do meu corpo habita um outro corpo completo e perfeito (espero eu) em pleno crescimento é efectivamente um milagre. Por outro lado, sinto que este é um processo violento em termos físicos. É um processo natural, o corpo está preparado para ele, mas ao mesmo tempo é-lhe exigido um esforço hercúleo. Há momentos, como no dia em que tive a hemorragia, em que tenho receio que o corpo não esteja à altura do que lhe é exigido. Daí não ter sequer resmungado quando me foi dada a possibilidade de ficar em casa nas próximas semanas.

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