6.9.14

23 semanas

As 23 semanas chegaram quase sem dar conta, por entre as férias, o casamento e o regresso às origens. Não sinto a urgência inicial de fazer uma contagem decrescente dos dias até à semana seguinte. Não estou a tomar nada como garantido, mas estou mais serena, e mais distraída (efeito das férias).

Sinto os movimentos do bebé de forma mais frequente, mas menos nítida. Agora os movimentos parecem-me mais interiores e difusos, enquanto que quando os senti pelas primeiras vezes eram claramente mais localizados e sentia-os mais próximos da pele. A partir das 18 semanas a barriga decidiu mostrar-se e assim continua, a dar um ar da sua graça por entre a roupa mais justa.

Em várias livrarias dei comigo a pegar em livros de recordação dos primeiros tempos do bebé e não consigo gostar, nem me consigo identificar, com nenhum. Nestes livros não me agradam as fotos fofinhas de outros bebés. Se o livro é sobre o M por que raio de razão há de estar pejado de bebés de catálogo? Também não me agradam as informações padrão. "O pai queria que eu me chamasse... A mãe queria que eu me chamasse..." Não se aplica a nós, sempre estivemos em sintonia neste aspecto. Mas gosto das ideias de alguns. Agradam-me as histórias infantis pelo meio das informações do bebé e acho piada a, por exemplo, fazer uma compilação dos preços correntes de alguns produtos na altura do nascimento do bebé. Também gostei da sugestão de guardar algumas notícias do dia do nascimento. Vou fazer o meu próprio livro, sem secções pré-definidas e apenas com o que me agrada.

Eu continuo bem, sem desconfortos de maior. As minhas colegas do grupo de grávidas a que pertenço queixam-se de dores na coluna e nas pernas, de braços e pernas dormentes, de contrações prematuras e de dificuldades em dormir. Até agora nada disto me bateu à porta. Tirando os pezinhos de Fiona quando estou muito tempo sentada, ou quando ando de avião, nada a assinalar. 

Já faltam menos de 17 semanas. Ainda não estou em mim (17 semanas?), e apesar da ansiedade da fase inicial, parece que o tempo agora acelerou e estamos em contagem decrescente. Quando voltar a Itália tratarei de comprar as coisas maiores e preparar a sério a chegada do bebé M.

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