Mais uma semana que pareceu ter menos de 7 dias. Chegamos do Verão das Canárias e encontramos em Aveiro um Outono tropical, chuvoso e abafado. Os dias passaram-se calmamente entre passeios aos nossos sítios e encontros com amigos. Todos parecem achar que a minha barriga deveria ser maior para 6 meses. Na verdade não me parece que a barriga seja pequena, mas a arte de a disfarçar parece crescer em mim!
Nuns dias sinto-te mais, noutros menos, mas parece que o teu pico de actividade se centra na madrugada, quase manhã. Nesse horário de pacatez e silêncio temos longos encontros de toques interiores e exteriores.
Na próxima semana haverá nova ecografia, já em Itália. Desde que voltamos das Canárias que estamos em contagem decrescente para o regresso. Não nos apetece. Não só não nos apetece, como não nos apetece nada. A viagem de Outubro já está marcada há vários meses, daqui a menos de um mês estaremos de volta. Depois ainda não sabemos e penso que é isso que mais nos angustia. Em princípio não haverá problema em voltarmos a Portugal em Novembro, mas caso algo corra menos bem para os meus lados posso não ter autorização para viajar de avião. Ainda há pouco 2015 estava tão longe e agora damos connosco sem saber se a viagem de Outubro será o nosso último regresso a dois a Aveiro.
Às vezes dou comigo a pensar que caso levemos os nossos contratos até ao final em Itália, o bebé M poderá começar a falar em italiano. E se o italiano se tornar a sua língua? E se o português for a sua segunda língua? Como será se um dia tivermos oportunidade de voltar a Portugal? Como reagirá? Para nós é ponto assente que não queremos continuar em Itália, mas a verdade é que o bebé M conhecerá Itália antes de conhecer Portugal e o seu nascimento em Itália ficará para sempre registado no seu cartão de cidadão. E se depois de Itália formos para outro país qualquer, qual será a reacção do bebé M?
Tantas questões, tantos atropelos no pensamento que seriam evitados se estivéssemos em casa.
Olá,
ResponderEliminarmesmo que o bebé M. fale italiano, o português será também a sua língua materna, porque é a língua dos pais e, em princípio, os pais falarão com ele em português. Ele será, portanto, bilíngue, o que é uma mais-valia, uma vez que isso contribui para o desenvolvimento cognitivo do bebé, entre outros aspetos :)
A.
Eu sei, mas... muitos "mas" na minha cabeça neste momento. Um dia destes isto passa-me :)
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