15.12.14

a dieta é para continuar

Pergunto ao endocrinologista o que fazer depois do parto. Basicamente o que eu queria era saber se parava imediatamente com a insulina após o parto ou se era necessário confirmar primeiro que o meu organismo tinha voltado a funcionar normalmente. Respondeu-me que devia continuar a dieta, não necessariamente nos moldes actuais, mas que deveria ter um cuidado especial com a alimentação. Reforçou o que eu já sabia: que grávidas com diabetes gestacionais têm maior tendência a ter diabetes no futuro e caso venha a engravidar de novo é quase certo que serei brindada outra vez com este bónus.

Os diabetes trouxeram-me dias de stress e algum desespero, mas fizeram-me mudar hábitos sobre os quais não reflectiria de outra forma. O meu paladar mudou nestes mais de 2 meses a dieta. O que para a maioria é pouco doce, para mim é agora uma explosão de açúcar na minha boca. Claro que me apetece comer uma fatia de bolo-rei, claro que me apetece voltar a comer uma fatia de bolo de maçã com mirtilos, mas tenho sérias dúvidas que consiga voltar a comer cereais cheios de açúcar de manhã. Eu, que inicialmente, não era grande fã do tomate ao pequeno-almoço, passei a gostar quando decidi que em vez de cru o podia "torrar" um pouco e lhe podia juntar meia dúzia de cogumelos e/ou um ovo. Há dois meses achava que as maçãs eram um fruto do demo, sem piada nenhuma, e agora estou viciada nas ditas cujas (não em todas, maçãs farinhentas é coisa de que nunca gostei e desconfio que nunca gostarei). Houve mesmo coisas que vieram para ficar. Pelo que tenho lido em fóruns de grávidas com diabetes, é comum os hábitos alimentares mudarem depois desta experiência inicialmente pouco amigável.

Ontem pesava mais 4 quilos do que antes de engravidar e nunca os resultados das minhas análises estiveram tão bons quanto nas últimas semanas. Sou obrigada a dar o braço a torcer e assumir que a dieta só me fez bem.

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