Tenho andado mais introspectiva, mais fechada em mim, a digerir a mudança radical que nos espera. As primeiras semanas de licença de maternidade foram muito produtivas, virei a casa do avesso, desarrumei, tornei a arrumar. Nestes últimos dias sinto que os dias se sucedem sem que nada de muito produtivo daí resulte, apesar do tempo passar num abrir e fechar de olhos. Acho que preciso destes dias de maior inércia para dar a última grande golfada de ar antes de submergir totalmente na maternidade.
Há uma coisa em que continuo tão eficaz como quando vim para casa, ou mais ainda, a escrita relacionada com o trabalho. Nestas últimas semanas despachei dois artigos e três capítulos de livro, e ainda estou a alinhavar o quarto, para que depois o consiga terminar já só a uma mão, já que a outra estará ocupada com o M. Ainda tenho a possibilidade de escrever mais um artigo até final do ano, mas este desconfio que fica pelo caminho. Noutra situação não perderia a oportunidade, mas neste caso acho mesmo que não vale o esforço. Valores mais altos se levantam.
As malas foram revistas e agora estão mesmo prontas. Temos tudo o que é essencial nesta fase (mais uma série de pormenores sem relevância nenhuma), do resto trataremos ao ritmo das necessidades que forem surgindo. O quarto do bebé também está pronto para o receber. Algumas partes das paredes continuam vazias, embora eu saiba o que lhes quero lá pôr: fotos, fotos e mais fotos. Finalmente colámos o mapa-mundo de vinil e ficou perfeito.
Falta agora tratar de coisas práticas e corriqueiras, como ir às compras pensando já no Natal (estou a pensar em comida, nunca ligámos nada a presentes e este ano o nosso presente está embrulhado desde Abril) e tendo em consideração que eu poderei não estar em muito bom estado por alguns dias.
Daqui a uma semana, se tudo correr como o esperado, já haverá M. junto de nós.
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