Preferia um parto não agendado por duas razões: não stressar com a aproximação da data e poder ficar em casa o máximo tempo possível antes de ir para o hospital. Parece que não vai ser assim. Já tinha lido sobre isso e a obstetra acabou por o confirmar: não é habitual deixar que as grávidas com diabetes gestacionais cheguem ao final do tempo, ainda que os diabetes estejam controlados. Temos o parto agendado. O M. tem uma semana para se juntar a nós por livre e espontânea vontade ou receberá ordem de despejo, que me parece o mais certo.
É estranha esta sensação de saber antecipadamente o dia em que vamos ter o nosso filho connosco, ao nível de saber o sexo por mail, como também me aconteceu. Um estranho sentimento de que os minutos correm mais rápido que o habitual e não há como alterar esta situação.
A obstetra aconselhou-me a relaxar e a aproveitar a última semana de sossego, mas acho que saber que falta uma semana me impede de relaxar. Há que fazer isto e aquilo agora, porque depois não vou conseguir e há que ir aqui e ali em tom de despedida e de aproveitar a liberdade que depois não terei. Estou mesmo em contagem decrescente.
Saber que a vida como a conhecemos até agora termina no dia X tem tanto de aterrador como de fabuloso.
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