25.10.14

25 de Outubro

Faltam dois meses para o Natal, dia em que tanto eu como elE esperamos já ter o bebé connosco (o mais certo é as contas saírem-nos furadas e o puto decidir nascer só depois das 40 semanas. Puto, tu livra-te de me fazeres isto!, aviso-te já que haverá consequências nas prendas de aniversário e na mesada de adolescente!). Estamos quase no fim de Outubro. Eu e elE fazemos anos em Novembro, e depois dos nossos aniversários é um pulinho até ao Natal. Colocando assim as coisas parece que o final de Dezembro já está ali, ao virar da esquina. E isto, mais uma vez, provoca-me sentimentos contraditórios (o pão nosso de cada dia dos últimos tempos): por um lado, ah, que bom, vamos poder tocar os dois no bebé M., agarrá-lo, senti-lo, contemplá-lo com aquele ar aparvalhado e assoberbado tão característico dos pais recentes; por outro lado, oh meu Deus, mas já só faltam mesmo dois meses até ao momento em que vá lá saber-se como - de que forma, quantas horas de sofrimento e desespero - o rebento sairá de dentro de mim e do seu ovo protector  e será largado às feras.

Hoje é dia de consulta e eco. Estou expectante. Os valores da glicose continuam uma desgraça (deixei de ir ao H3!) e não sei que consequências poderão estar a ter no bebé. A médica avisou-me sobre a possibilidade de ele vir a ser um bebé grande se a glicémia continuasse descontrolada, mas a verdade é que eu não aumentei exageradamente de peso. Continuo na média de um quilo por mês e, estranhamente, foi-me mais difícil controlar o peso inicialmente do que do meio da gravidez para a frente. Será que eu estou a aumentar normalmente de peso e o bebé também? Mas se os valores de glicose continuam fora dos limites ele não deveria estar a engordar mais? Será que ele está a aumentar de peso, mas eu não? Ou, contrariando todas as expectativas (que é o habitual em tudo o que me envolve), o rebento está mais leve do que era suposto? Será que a dieta extremamente restritiva o está a afectar? Tenho pontos de interrogação a pularem em cima da minha cabeça. E a maturação dos pulmões? Eu sei que pode ser afectada pelos diabetes, e isto sim, desespera-me bem mais do que a questão do peso do bebé. Um monte de questões que espero ver respondidas hoje.

E depois ainda há aquelas perguntas adicionais, menos relevantes, mas também importantes, pelo menos para o meu ânimo: há epidural 24 horas por dia (incluindo fins-de-semana) no hospital onde o bebé vai nascer? Ou é um daqueles casos, como alguns em Portugal, em que há epidural das 9 às 5 só nos dias de semana? Não me façam uma coisa destas, pelo amor da santa, que eu não acho que o sofrimento me leve ao céu. Posso viajar? Posso ir a Londres passar 3 ou 4 dias, fazer as últimas compras e espairecer? (cada vez mais me convenço que vou ficar em terra, desconfio que os diabetes me vão valer um redondo Não como resposta).

É isto, mais umas horitas e espero ter respostas.

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