20.1.16

15 semanas!

Estou no quarto mês, e daqui a mais 5 semanas estarei a meio do caminho. Apesar das primeiras semanas terem passado devagar (não devagar como na gravidez do Miguel, que isto de já ter um filho em casa transforma completamente a forma como o tempo passa), sinto que agora o ritmo acelerou. Os enjoos, que já tinham acalmado, de vez em quando voltam a dar sinal (não deviam ter passado já? Humpf!). Mantém-se o sono, muito sono mesmo (desconfio que chegar ao final dos dias mais cansada por ter um bebé que não pára também deve ajudar à sensação de olhos a querer fechar) e já tive direito a uma ida às urgências porque tive uma pequena hemorragia (tal como na gravidez do Miguel não conseguem encontrar explicação para estas perdas). De resto tudo normal. Peso mais um quilo do que antes de engravidar, e ainda peso menos do que quando engravidei do Miguel. Penso que estou ligeiramente mais pançuda do que na mesma fase da gravidez do mini-urso, mas a verdade é que depois de às 6 ou 7 semanas já me sentir barriguda, a barriga decidiu não crescer ao mesmo ritmo. Passo bem por não-grávida.

Regresso ao trabalho no próximo mês, depois de mais de um ano fora após o nascimento do Miguel. E regresso... grávida. Ainda ninguém sabe. Rio-me da surpresa que vou provocar e das conversas de corredor que a minha nova gravidez vai gerar.

18.1.16

noc noc

Um dia antes de completar as 15 semanas o rapaz decidiu que era altura de se fazer sentir de forma inequívoca. Dois ou três movimentos muito suaves e em nada semelhantes ao movimento brusco que senti na gravidez do Miguel, quando já tinha ultrapassado as 20 semanas. Parece que desta vez a placenta não está virada para a parte da frente da minha barriga, o que deve ter ajudado a sentir o rebento mais cedo. 

Já o sinto a mexer, já o sinto a mexer! Yeah!

14.1.16

habemus resultados!

Desta vez os resultados do teste Harmony chegaram uns dias mais cedo (desconfio que haver concorrência para o Harmony deve ter feito acelerar o processo). Os resultados são aqueles que esperava e... vou continuar em minoria cá em casa!

13.1.16

pele de grávida

Para ter esta pele era quase capaz de estar sempre grávida. Os diabetes podem estar a preparar-se para entrar em cena, posso andar com a pressão tão baixa que de vez em quando tenho direito a experimentar a vertigem de uma tontura, mas a gravidez traz-me de volta a pele de bebé. 

10.1.16

as teorias da maternidade 2

Alguém fez questão de telefonar de Portugal para Itália para me informar que os antigos (sejam lá quem forem) diziam que não se deve comer enquanto se amamenta.

Ouvi e calei.

Ainda estava na fase de querer ser simpática, por maiores que fossem os disparates que me dissessem. A postura mudou entretanto. Agora faço questão que me expliquem todos os fenómenos que me tentam impingir. Quero conhecer a relação causa-efeito. Costuma ser remédio santo para deixarem de insistir, embora quem tente vender os disparates continue a acreditar neles, mas isso é algo que não me diz respeito nem me interessa.

9.1.16

menino 1 - 1 menina

Quase 7 centímetros de gente e tudo aparentemente normal. É uma criatura irrequieta que não sossegou durante toda a ecografia. 

Sobre o sexo da pequena criatura temos um empate técnico: médico português fez uma aposta, médica italiana apostou no sentido contrário. E pela segunda vez vou saber o sexo do bebé por mail, quando receber os resultados do Harmony. Era da tecnologia, não há como a contrariar!


8.1.16

13 semanas

Amanhã há nova consulta.

Passadas as semanas iniciais ando estranhamente serena. Ultrapassei a barreira onde me costumo estatelar e agora aguardo calmamente os resultados do teste Harmony. O teste não foi feito na data prevista (nada de teste Harmony na semana do Natal nem na do ano novo), de modo que há que esperar até quase ao final do mês para ter notícias, que se esperam boas. O teste contará também qual o sexo da criança. Na última ecografia, em Portugal, e sem que eu perguntasse (na gravidez do Miguel perguntei ao mesmo médico se já dava para perceber se era menino ou menina e ele mandou-me dar uma grande volta, dizendo que ainda era muito cedo), o médico disse-me qual era o palpite dele. Não partilhei a novidade com ninguém. Se houve coisa que mudou em mim da gravidez do Miguel para esta foi a ausência de pressa. Para quê partilhar já o que daqui a pouco será do domínio público? Durante estas semanas o palpite do médico, que não passa disso mesmo, é só meu.

Continuo ligeiramente enjoada se comer hidratos de carbono, embora os enjoos maiores tenham sumido por volta das 11 semanas. Desde a descoberta dos diabetes na gravidez do Miguel que a fruta para mim era basicamente sinónimo de maçãs. Nas últimas semanas ando a comer laranjas de forma quase compulsiva. Acho que me estou a preparar para a chegada de novo dos diabetes, e a fugir às maçãs enquanto posso. 

As semanas passadas em Portugal, como já era esperado, correram a galope. Sem dar por isso dou comigo com as 13 semanas já completas e o primeiro trimestre ultrapassado. Continuo a ter plena consciência da inconsciência que é estar à espera de um segundo filho quando o primeiro acabou de completar um ano. Não consigo sequer imaginar o que me espera nos primeiros tempos. Centro-me nas muitas mulheres que passaram pelo mesmo e sobreviveram com a sanidade mental intacta. Ter um filho longe de tudo e de todos e praticamente não ter ajuda nenhuma não é pêra doce, ter dois com idades tão próximas não consigo imaginar como será, mas espero descobrir em breve. A ignorância e a inconsciência de mãos dadas, para bem do aumento demográfico do globo.

3.1.16

2016

Não reflecti ainda sobre o já ultrapassado 2015 e não há ainda resoluções ponderadas para 2016. Estar de férias "em casa" come-me o tempo de uma forma que não tem explicação. Os dias voam e se olhar para estas quase três semanas em Portugal concluo que não fiz grande coisa. Espero que os primeiros dias de volta à rotina italiana me dêem alguns momentos de silêncio e sossego para estas reflexões não essenciais, mas que me ajudam a estabelecer metas e a manter o equilíbrio.

Sem necessidade de grandes reflexões, penso no melhor e assumo que 2016 será mais um ano em grande: adivinha-se uma família que passa de três para quatro e uma mudança de país. Sabemos que nos vamos mudar, sabemos qual o plano B no caso do plano A não correr bem, mas vamos lutar o mais possível pelo nosso plano A. Aliás, estamos a tratar dele já há alguns meses, mas nem tudo depende de nós. Quanto ao quarto elemento da família, eu diria que vem aí mais um nome começado por M, mas a minha intuição pode falhar. Mais umas semanas e haverá certezas.