28.5.11

em vez de chegar às 4 da tarde cheguei depois da meia-noite, mas a vista do meu quarto é esta

o que mais me ira acontecer?

Depois da mala perdida na semana passada, hoje perco o voo de ligaçao para Atenas (Iberia, foram muitos anos de amizade que terminaram hoje. Eu e os atrasos constantes somos incompativeis) e passo mais de 6 horas a vaguear no aeroporto de Madrid. Perdi igualmente uma tarde em Atenas, e a oportunidade de aproveitar o hotel com vista para a acropole. Para que o dia nao seja um total desperdicio era favor a mala chegar comigo ao destino.

26.5.11

padrão estranho, este

Há uns anos ofereceu-me um gato, à namorada actual deu um passaroco, e à próxima? Um saco de alpista?

enquanto houver ventos e mar







Deus, dá-me sonhos normais

Não sei se sonho muito ou pouco, mas sei que raramente me lembro do que sonho. Como é coisa rara, nos dias em que acontece, gostava de acordar e ter na memória um sonho campestre (um campo imenso de flores de mil cores e eu de bicicleta, a pedalar, enquanto o meu vestido rodado flutua suavemente) ou um sonho idílico com direito a um pôr-do-sol tórrido, um mar quente, pouca roupa e a companhia ideal.

Qual quê? Sonhei que tinha elefantíase.

têm os perfis ali, à mão de semear, impossível não ver

Ele escreve "cede" (de querer beber água e não de ceder).
Ela escreve "chuveu".

Eu concluo que um ex-namorado encontrou a namorada adequada.
Fico feliz por eles e ainda mais por mim.

25.5.11

ir para a Grécia e comer como um grego

439

irra!

Esta mania de porem 10 pontos de exclamação e/ou de interrogação seguidos é coisa para me tirar mesmo do sério.

todas devemos acordar um dia, olhar para o lado e pensar "se fechar os olhos, e os tornar a abrir de seguida, ele desaparece?"

Sei bem que há quem acerte à primeira ou à segunda e seja feliz assim. O ser feliz é relativo e aquilo que deixa o meu vizinho do lado extasiado pode aborrecer-me a mim. Também acredito que quanto menos se conhece mais fácil é ser-se feliz. Ainda assim, fico contente com as experiências falhadas. Falhadas no sentido em que não tiveram um final feliz (coisa que também é extremamente relativa), mas que me preencheram enquanto duraram e me preenchem, de forma diferente, ainda hoje. Sou dada a experienciar, faz parte de mim. Houve vezes em que achei que era pequena demais para tudo o que sentia cá dentro, em que só não flutuei porque a gravidade não mo permitiu, embora vontade não faltasse. Outras vezes rebentaram minas no meu peito e desfizeram-no em pedaços incontáveis que me provocaram dores que achei injustas. Hoje também sou como sou por isso. E gosto tanto de quem sou hoje. Não sei se não me arrependo de nada, mas sei que a arrepender-me será de muito pouco. Aprendi que me fartei, por entre sorrisos, gargalhadas e lágrimas. Há poucos sentimentos e situações que não tenha experimentado, e isso põe-me no lado da gente bem vivida e crescida. E da gente de bem consigo própria.

quem é que todos os dias tem uma visita destas pela manhã?

todos os dias aparece e diz bom dia

miau



24.5.11

o que eu gosto destas tecnologias

Depois de ter sido presenteada com o belo telemóvel quando ainda morava na habitação anterior (leia-se blog), agora ganhei uma adorável pecinha de roupa pelo facebook.

sou tão fraquinha

Captura de ecrã - 2011-05-24, 09.55.55

Captura de ecrã - 2011-05-24, 09.56.14
fotos daqui

Tenho dos que brilham no escuro (sucesso garantido em elevadores e no cinema), tenho alguns com cores mais fortes e outros para dias menos exuberantes, tenho alguns com "bonecada". E agora apareceram estes, com o slogan "Too Late meet eros!", que é coisa para me agarrar em dois segundos, e não consegui resistir a estes dois (e o outro branco com a menina também me está a piscar o olho).

Oh senhores da Too Late, pela quantidade de relógios que tenho da vossa marca bem que me podiam ir oferecendo um de vez em quando para eu fazer uma avaliação dos ditos cujos. Que tal? Temos acordo?

23.5.11

cores de Corfu


não se deram alvíssaras, mas a mala apareceu

Agora, refeita do susto de perder máquinas fotográficas (sim, eu sei que ninguém faz isto, mas não suporto viajar com muita tralha na mão, ou às costas, e ponho quase tudo na mala, incluindo a máquina que tira fotos debaixo de água e a Polaroid. Comigo ia só o portátil e a máquina fotográfica a sério), secador de cabelo (isto de ter caracóis não é fácil. O difusor adaptável não encaixa nos secadores de hotel), roupa (biquinis novos que ainda nem tinha vestido, saias e vestidos que tinha usado uma ou duas vezes, t-shirts e casacos que são uma segunda pele), cremes e maquilhagem, posso respirar fundo, trabalhar como se não houvesse amanhã até sexta, porque no sábado vou... sabem para onde? Outra ilha grega. Por enquanto, mais fotos de Corfu.










15.5.11

até daqui a pouco, da ilha

Se alguém, há umas semanas atrás, me dissesse que eu não ia sozinha para a ilha, o mais certo era rir-me ou encolher os ombros. Vou então até ali namorar trabalhar.

13.5.11

sou muito visual, é o que é

Na minha mente, as pessoas que terminam frases com um número incontável de pontos de exclamação e/ou interrogação estão no auge do efeito de uma qualquer droga que as deixa frenéticas (imagino-as a correr aos ziguezagues tipo moscas, a saltitar como um canguru contente, e a carregar na tecla do ponto de exclamação como se não houvesse amanhã, com um sorriso alucinado e com os olhos muito abertos e brilhantes).

eu também

"Em milagres não acredito, mas acredito em coincidências."

10.5.11

sorry

Eu avisei.

mea culpa

Eu sou aquela que no euromilhões aposta no 4 e claro que saem o 3 e o 5.
Eu sou aquela que até hoje ainda não acertou uma única vez no look vencedor no mini-saia.
Eu sou aquela que já meteu gasolina num carro a gasóleo.

Serve esta introdução para explicar que apostei meia dúzia de euros em como os Homens da Luta passavam a eliminatória.
Já se sabe qual vai ser o resultado, certo?

9.5.11

à espera que o piano me caia em cima

Ando desde o final do ano passado a dizer que a minha intuição via algo de especial em 2011. Não sabia o que era, nem sequer se seria bom ou mau, mas havia ali um feeling que me dizia que alguma coisa marcante ia acontecer. Ainda nem a meio de Maio vamos e confirma-se o sexto sentido (vou é pôr uma bolinha de cristal ali na sala, baixar a intensidade das luzes e começar a ler futuros em troca daquilo que me quiserem dar - opção a não descartar no futuro). Continuo a achar que aquele início de Janeiro em Hong Kong, com direito a um saltinho a Macau, foi um bom prenúncio. É como se estar de bem com a vida obrigasse a vida a estar de bem connosco. De modo que me livrei da criatura demoníaca que me infernizava a vida (trabalho, fala-se de trabalho aqui) e as surpresa não ficaram por aí (já não se fala trabalho). Eu, que não sou de acreditar que a felicidade profissional e pessoal podem coexistir, estou aqui à espera que o piano me caia em cima da cabeça e me traga de volta à (minha) vida de pessoa normal.

8.5.11

gargalhadas

Não sei se gosto mais do "Último a Sair", se dos comentários no FB das pessoas que ainda não perceberam o tipo de programa que é.

5.5.11

(e tudo isto está agora tão distante)

A minha forma de lidar com o que não me agrada é virar-lhe as costas. Bem sei que há quem diga que não deve ser assim, que não é saudável, que blá blá blá, mas de mim sei eu. Já fui menina para gritar, dizer as verdades todas na cara de quem as merecia ouvir, estrebuchar, fazer birra, fazer a vida negra ao alguém que me fez mal, dar em dobro o mal que me deram. Parece que entretanto cresci e percebi que tentar dar cabo da paciência do outro é alimentar o meu sofrimento. Deixei-me disso. Agora sou mulher para virar costas, chorar sozinha, se for o caso, e seguir caminho, sem grandes dramas.

Não faço questão de avisar que vou virar costas, viro simplesmente. Se isso não é possível, peço distância e silêncio do outro lado e espero que me respeitem. Não digo que um dia vamos voltar a ser amigos, ou vamos pelo menos voltar a agir como meros conhecidos. Não digo nada disso, porque sei que depois do tempo de silêncio e distância, já não vou ter razões para dizer nada ao outro. Nem sequer me vai apetecer. Quando já não houver fúria dentro de mim, não vai haver mais nada em relação ao outro, e não me vai apetecer fingir que me apetece dizer-lhe olá. Sei que não vai apetecer. Os erros no percurso têm um custo. Por vezes esse custo é perder pessoas. Tenho consciência disso, e já lido bem com as consequências dos erros.

Outras pessoas lidarão com as mesmas situações de forma diferente, que eu não entenderei. Isto para dizer que não entendo as tuas intermitências, simplesmente porque elas só significam que, pelo menos, de vez em quando te lembras de mim. E se eu ainda fosse aquela menina que gostava de fazer mal a quem lhe fez mal, desconfio que este era o pior mal que te poderia acontecer.

3.5.11

alguém que me diga que já lhe telefonaram do INE, por causa dos Censos

- Daqui fala blá blá blá, do Instituto Nacional de Estatística.
[hum? do INE?]
- Estou a telefonar a propósito dos Censos.
[oh bolas, queres lá ver que não submeti aquela coisa? Mas ia jurar que sim. Oh não, vão-me multar! Nãoooo]
- Estou a falar com a moradora da Rua Blá blá blá, número blá?
- Errr [oh bolas, oh bolas, esqueceste-te de submeter aquilo!], sim, sou eu.
- Estou-lhe a telefonar para esclarecer algumas dúvidas.
- Sim, diga. [então aquilo do dar o número de telefone para esclarecer possíveis dúvidas era mesmo a sério? Ao menos parece que já não te vão multar]
- A sua habitação tem X divisões?
- Sim, tem.
- Nas divisões não se contam as casas de banho e as cozinhas.
- Sim, não contei.
- Então a sua habitação tem X divisões?
- [Ó que diabo, mas acha que eu não sei contar?] Sim, Y quartos e Z cozinhas.
- Ok, obrigada. E mora sozinha na habitação?
- Sim, moro sozinha.
- Pronto, eram estas duas dúvidas que queria esclarecer. Obrigada.

??????

Resta acrescentar que quando o recenseador bateu à minha porta para entregar os códigos me perguntou:
- Quantas famílias moram nesta habitação?, e juro que o disse sem se rir.
- Famílias?! [mas o tipo está maluco ou quê? Olhe, mora uma família na cozinha, na sala temos um acampamento cigano e por aí adiante] Moro eu!
- Sozinha?!, ar de espanto e olhos esbugalhados.

Deus, afasta de mim pessoas e situações estranhas, para estranha e peculiar já basto eu.
Ámen.

desconfio que foi efeito do Peso Pesado

Centro comercial, praça da alimentação.
De prato na mão chego à caixa e a empregada, rechonchudinha (gorda, sejamos realistas) e de má cara, depois de ter passado a pente fino o conteúdo do meu prato, pergunta-me o que quero beber. Uma água, respondi eu a achar que a seguir vinha o "Fresca ou natural?" da praxe. Qual quê? Abre muito os olhos, que entretanto começam a faiscar na minha direcção, enquanto ela exclama alto e bom som:

Água? É por isso que é magra, nem sumos bebe.

Rapaz atrás de mim sorri e olha-me de alto a baixo. Eu pago o mais rápido que posso, acelero o passo e ala que se faz tarde. Uns bons passos a seguir olho para o tabuleiro e vejo que me esqueci da água. Ainda pondero não voltar para trás, mas não me apetece morrer à sede só porque sou magra. Volto atrás, exclamo um tímido "Esqueci-me da água", ela olha para mim de lado com ar de quem quer dizer "E ainda tiveste a lata de cá voltar exibir a tua magreza e fazer-me sentir gorda", o rapaz não sorri, mas ri descaradamente, e eu desapareço o mais rápido que posso.

Por mim o Peso Pesado já tinha acabado.

2.5.11

palpita-me que é esta a grande diferença entre quem trabalha por gosto e quem trabalha porque tem mesmo que ser

- Deve ser um aborrecimento trabalhar num sítio desses.
- Porquê?
- Não há desafios. Dificilmente te colocarão um problema ou uma dúvida a que não saibas responder de imediato.
- Mas isso é o melhor que pode haver: não dá trabalho.

underwater

A máquina já chegou e já foi testada. Vamos ser tão felizes juntas (eu e a máquina, nada de confusões).