30.3.11

possessa e triste

maravilha

Não sei se há uma explicação fisiológica, mas a verdade é que quando ando serena, feliz e de bem com o mundo, fico mais magra. Achei que era mania minha: mudei as pilhas à balança, pesei-me numa balança diferente e o resultado foi sempre o mesmo. A felicidade emagrece(-me).
"Se o oitavo carro a contar a partir de agora não for vermelho, ele não gosta de ti"

"Se a matrícula do décimo carro a contar a partir de agora não começar com um D, ele não gosta de ti"

Tantas, mas tantas parvoíces destas na pré-adolescência. Acreditava realmente que ele não gostava de mim se o carro não fosse vermelho e se a matrícula não começasse por um D. Hoje, um bocadinho mais crescida, tenho para mim que há uma relação qualquer entre confessar o que se sente e a concretização desse sentimento. É uma criancice. Claro que é, mas até prova em contrário vou continuar a acreditar nela.

(e antes que alguém pergunte, e este alguém tem nome!, este post não tem nada a ver com o anterior)
A dada altura há que ser original e sair do registo esperado. Se a ousadia for bem entendida estamos no mesmo comprimento de onda (serve para amizades, para paixões, para amores). Se não for, poupa-se tempo e paciência, que podendo pensar-se que existem para aqui aos molhos, não existem. Cada vez mais pragmática, uma maravilha.

Então, moço, como é que é?

28.3.11

quando tenho que dar o braço a torcer, dou


O casamento que eu tinha imaginado aborrecido e infernal acabou por se muito agradável. Ter a família dispersa por aí, faz-me esquecer de pessoas que raramente vejo. O casamento valeu pelos familiares que não via há anos e anos e que me soube mais do que bem rever, e por ter oportunidade de conhecer os mais pequenitos que sabia que existiam, mas nunca tinha visto. E valeu também pela inexistência de uma maratona fotográfica (Deus seja louvado), pelo ambiente do espaço onde foi a boda (e viva o bom gosto) e, claro, pelo sushi. A partir de agora sempre que me convidarem para um casamento, a minha resposta será condicionada pela resposta à pergunta: "Vai haver sushi?"
O que eu dava para ter lá fora um céu que combinasse com o estado de espírito. Anda sempre tudo às avessas, ou então é uma questão de equilíbrio.

Há uns dias foi assim:

25.3.11

venha o diabo e escolha

Apetece-me tanto ir ao casamento da prima que devo ter visto umas quatro vezes ao longo de toda a vida como me apetece que me arranquem os dois dentinhos da frente.

the serial kisser now has a face

Foto daqui

Tenho uma estranha adoração por padrão de jornal. Metam-me dentro de uma loja com mil e uma peças, se houver uma com padrão de jornal é logo a essa que os meus olhos se dirigem e os meus pés não demoram a fazer a vontade aos olhinhos. De modo que quando vi esta t-shirt, a única palavra que me ocorreu foi "minha". E o "The serial kisser now has a face" é perfeito.

21.3.11

Três horas a fazer bolachas. Só porque sim, porque me apeteceu. Receita? Não faço a menor ideia: juntei a olho uma banana, leite condensado, farinha e açúcar. Parece que estão boas e que amanhã vou ter que as distribuir por aí, que três horas de bolachas é muita bolacha para uma pessoa só.

sem fotografias

1000 quilómetros em dois dias. Uma entrevista pelo meio. Gostei das pessoas, gostei do sítio, mas acho que não. Não sei explicar bem porquê, a intuição diz-me que não, e acho que é tempo de a ouvir. Levei a máquina fotográfica. Não tirei uma única fotografia. Se calhar porque pelo meio dos 1000 quilómetros só parámos para dormir (a recepcionista do hotel tinha um crachá onde se lia um nome feminino, mas eu ia jurar que por baixo daquela camada espessa de base espreitava uma barba densa) e para a entrevista. Devia ter seguido o plano inicial e ter ido mais cedo, e sozinha, matar saudades de sítios e de momentos distantes. Nada contra a companhia, mas sou um ser pouco social. Gostava de me ter sentado sem pressa de chegar a gozar os 27 graus. Quase morri por não ter podido parar para fotografar aquele pôr-do-sol e aquelas árvores brancas. Desde pequena que a minha mãe me chama de bicho do mato, é capaz de ter razão.

18.3.11

quem não tem nada para fazer, faz colheres

Uma pessoa passa a imagem de pedregulho frio e inflexível e depois publica um céu muito azul com flocos e fiapos de algodão e uma frase cor-de-rosa, e há logo alguém que pergunte:

- Onde foste buscar as nuvens e a frase?

- As nuvens são minhas, salvo seja, e frase é da Lisa Germano, nesta canção linda de morrer.

Lá no fundo até tenho coração e sentimentos e sou uma pessoa normal.

17.3.11

in love

Achava eu que não gostava de anéis, até ver estes.

deus me livre

Quem é que tem um amigo, dono de uma agência funerária, que tira fotografias junto aos produtos que comercializa, e as publica?

mistérios domésticos

O buraco negro que existe cá em casa há muito que estava inactivo. Há uns tempos comeu um edredão, que deve ter sido coisa para lhe encher a barriguinha por uns valentes anos. Muito tempo depois regurgitou-o e deixou-o arrumadinho no fundo de um gavetão. Agora engoliu umas botas e um lenço.

Vamos fazer um acordo, buraco negro: podes ficar com as botas até ao próximo Inverno, mas o lencito dava-me jeito para os próximos dias. Estamos entendidos?

14.3.11

De vez em quando acho que não posso ter a idade que tenho, que já fui tantas versões de mim, que já vivi tanto, que este tanto não pode caber nesta idade. Mas, pela primeira vez, sinto que não posso estar em Março, que já se passou tanta coisa este ano, que é impossível ainda não ter chegado a meio do terceiro mês. Que eu vivo a um ritmo próprio é uma verdade, mas acho que está na altura de me impor um limite de velocidade.
Eu sei que ando cansada (a palavra é capaz de ser exausta) e talvez, por isso, me falte discernimento para entender certas actualidades, mas há alguém que me explique para que raio serve o "1 milhão no facebook para demissão do governo"?
Pergunta qual é a imagem que actualmente tenho dele. Eu respondo, de forma mais ou menos detalhada e séria (se perguntou era porque queria mesmo saber, deduzo eu).

A resposta: [palavrão que me recuso a escrever], falar contigo é pior que falar com um psicólogo!

Deduzo portanto que não devo ter andado muito longe da verdade.

irra!

Até sou uma pessoa com uma estranha capacidade de resistência. Sou capaz de suportar muito para além do que é considerado normal. Mas depois dos vestidos da cerimónia não sei das quantas e da moda Lisboa já não há paciência que aguente. Já não consigo ver mais fotos de roupinhas (outfits, queria eu dizer), sapatinhos e malinhas.

queriam vocês ter uma arma de sedução como os meus braços

Agarrou-me no braço, olhou surpreendido para a flexibilidade superior à média do meu cotovelo e exclamou um sentido "Fabuloso".

mais clara não podia ser

Não estou disponível para jogos complicados. Assim, a frio, e dito logo à cabeça, para evitar dúvidas, confusões ou ideias deturpadas.

12.3.11

ah, tinhas pouco para fazer?

Então toma lá 10 artigos para dares opinião.

Diria "ai que aborrecimento", se esta tarefa, aparentemente ingrata, não me levasse a Paris lá para o Verão. Sendo assim, o melhor é ficar caladinha e feliz.

10.3.11

já não se pode ser verdadeira

Desde que num momento de cansaço não fiz triagem aos pensamentos e às acções, e assumi a minha estranha adoração pelos HIM, clicando no like, sou gozada por toda a gente em todo o lado.

"Podias gostar dos Backstreet Boys, era pior!"

Fiquei caladinha e não respondi "Se soubesses o que eu gostava dos New Kids On The Block".

9.3.11

pormenores

Vocês sabem lá o gozo que me dá ficar a olhar para a parte de baixo da janela do msn e ver que ele está a escrever. Já não está. Voltou a estar. Parou. Voltou a escrever. Já se passaram 2 minutos e ainda nada. Parou. Recomeçou.

Ah, que vai sair daqui uma frase grandiosa. Um parágrafo bem compostinho.

Finalmente aparecem três palavras que se escreviam em 15 segundos se não soubéssemos bem onde estão as letras no teclado. A coisa repete-se resposta atrás de resposta, até que finalmente lá sai um "Queres ir tomar café?", depois de muito escreve e deixa de escrever. O que eu gosto de ver um homem seguro de si demorar 3 minutos para escrever quatro palavras tão fáceis.

8.3.11

do que me vira do avesso

Fez-me uma confusão descomunal ouvir na tv uma criatura dizer que tinha interrompido o Sócrates porque vivemos em democracia. Mas há alguém que explique a esta gente o significado de democracia, e de liberdade, já agora?

5.3.11

?

Sou só eu que acho que um "Olá Rosa!" é substancialmente diferente de um "Olá!"?

karma

Desconfio que até fechada numa solitária conseguia envolver-me em situações pouco recomendadas (ou numa versão mais optimista da coisa, até isolada do mundo conseguia arranjar animação).

2.3.11

ando numa curiosa fase de revivalismo

sunset_1march

Uma foto do pôr-do-sol de hoje para ver se me ajuda a pôr ordem nas ideias. Nunca conheci ninguém com tanta apetência para situações surreais como eu. Estou a atravessar uma estranha fase de revivalismo (quem acha que isto só se aplica a penteados e roupinhas que se desengane). Tenho pessoas do passado a cruzarem-se comigo como se sempre aqui tivessem estado, e dou comigo a falar com eles como se ainda ontem tivéssemos ido tomar café, quando muitas vezes nem nunca tínhamos falado antes. E hoje tive um estranho feeling de que me vou meter em confusões (bom, mas esse é o meu estado normal, eu sei).

1.3.11

oh yeah!

Mandar o cv num dia e no dia seguinte ser chamada para entrevista.

Tirar fotos destas durante uma aula.

Estar sol.

a aula da Ana deu flor