10.9.15

a mudança dos ritmos

Tarefa importantíssima para terminar e um bebé para cuidar 24 horas por dia. Isto de não ter apoio familiar não é complicado quando o bebé tem 2 dias, é complicado quando o bebé já tem vários meses e nós queremos voltar a ter alguma vida. Convenço-me que só se consegue com muito jogo de cintura e muita habilidade para sermos o artista de circo que mantém vários pratos a rodar em cima de pauzitos sem deixar cair nenhum. A dada altura achei que não ia conseguir terminar este trabalho, que era impossível conseguir pensar, reflectir, tomar decisões e escrever enquanto troco fraldas, faço sopas, faço o aviãozinho porque não quer comer a sopa, passo horas a tentar adormecê-lo porque dormir é coisa que não lhe assiste alegremente. A poucos dias do prazo-limite posso dizer que superei a prova. É possível. Estava habituada a fugir do mundo durante dias, semanas ou meses e centrar-me no trabalho do momento. Agora trabalho na meia hora em que dorme, ou nos 10 minutos em que se distrai sozinho e à noite, depois de ele adormecer, quando já tenho os olhos semi-fechados. É outro ritmo, é todo um outro universo, mas é possível. Agora vou ali dar os últimos retoques no trabalho e ver se despacho isto de vez, para depois poder ter uns dias de paz e sossego para me dedicar à pequena criatura.

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