17.10.11

radio killed the video star

Há uns tempos calcorreei meia praia com um jornalista e um repórter de imagem como companhia. Ria-me sempre que alguém olhava para mim de alto a baixo enquanto tentava descobrir quem era a pessoa importante (quanta desilusão!). Quando finalmente arranjámos um lugar considerado adequado (para mim era logo no meio da areia, com o mar ali ao lado) era ver as senhoras de meia idade aproximarem-se para saberem em que canal, dia e hora poderiam ver o evento que tinham presenciado. Eu estive estranhamente calma e totalmente a leste dos olhares curiosos. Amanhã há entrevista para a rádio. Pode parecer estranho, mas assusta-me bem mais do que uma reportagem para a televisão. A imagem distrai as pessoas das palavras. Na rádio ficam só as palavras, sem nada que afaste a atenção dos ouvintes. E falar de um hobbie não tem o mesmo peso que falar de trabalho. É rezar para que o discurso me saia escorreito e coerente. Se bem que com o cansaço que por aqui anda não se augura nada de muito bom.

5 comentários:

  1. É por isso que a rádio me fascina :D
    É difícil captar a atenção das pessoas porque não tens imagem mas quando captas as pessoas estão a ouvir tudo com uma atenção que não é possível em televisão :D

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  2. Aconteceu-me uma coisa semelhante: participei num programa de rádio e senti-me perfeitamente descontraída, focada apenas naquilo que havia para dizer; já há uns dias atrás, ao participar num vídeo para surpreender uma amiga, enrolei palavras, arranjei uma série de tiques para descontrair mas o resultado não foi lá grande coisa... :( o poder da imagem é imenso, mas continuo a gostar mais de saborear as palavras e imaginar quem está por detrás delas :)

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  3. e já agora, a cusquice veio ao de cima: podemos saber a finalidade da entrevista e a rádio em que passou? :)

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  4. Dulce, ainda não passou, não foi em directo. Foi sobre o meu trabalho, nada de muito apelativo! :)

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