Ao mesmo tempo que me assusta, agrada-me meter a minha vida numa mala com vinte e poucos quilos. É uma espécie de recomeço, deixar tudo para trás e levar comigo o essencial. Ir eu, só eu. Lançar-me ao desconhecido. Aprender uma língua nova, viver num sítio completamente diferente, deixar para trás um trabalho que já pouco me estimulava e abraçar um novo desafio, deixar as minhas pessoas para trás, ir sem conhecer nada nem ninguém. Sair da minha zona de conforto com a certeza de que existirão momentos em que me questionarei sobre a decisão que tomei, mas ter quase a certeza que esses serão uma pequena minoria entre tantos outros que acredito que me preencherão e me farão crescer.
Quero mesmo isto. É exactamente aquilo de que preciso nesta fase.
Mas... há sempre um "mas", não há? Mas na altura em que tomei esta decisão, na altura em que concorri, no momento em que dei pulos de alegria por ter tido a desejada entrevista, no dia em que acordei com um mail que me dizia que o lugar que queria era meu e só meu, ainda não fazias parte de mim.
Os tais 20 kg:
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