Dadas as evidências e depois de explicar à obstetra que o meu marido vai viajar e regressa no final da semana, exclamo em tom de desabafo "Só precisávamos de mais uma semana...". Pela expressão dela percebi que é tempo que muito dificilmente teremos. O J. é um apressado e o mais certo é nascer esta semana (glup!). Ontem, depois da consulta, entrei em casa, fiz a mala para a maternidade (sim, ainda não estava feita) e limpei a casa toda. O marido montou o berço e trouxe a espreguiçadeira de novo para as luzes da ribalta. O Miguel anda encantado com as novidades que apareceram de um momento para o outro cá em casa. Empurra o berço como se fosse um carrinho e tenta sentar-se na espreguiçadeira!
Estou estranhamente calma. Se foi coisa que aprendi é que tudo se resolve e há tanta, mas tanta coisa que não depende de nós e que não há como controlar. O mais certo é o J. nascer quando o pai não estiver, ou mesmo antes da partida dele. Aqui somos só os dois e o miúdo (quase a tornar-se plural). Assim, colocámos em alerta vermelho (era alerta amarelo, mas ontem teve que mudar de cor) duas amigas e agora é esperar. Se me apetecia estar sozinha na sala de partos? Obviamente que não. Mas há alternativa? Não, a viagem não pode mesmo ser adiada. Portanto, espero apenas que corra tudo pelo melhor. A minha maior preocupação é mesmo que alguém responsável fique com o Miguel enquanto eu não puder.
Desde que soube da viagem que disse que com a minha apetência para situações incomuns o mais certo era o J. nascer nessa altura. Tudo se encaminha nesse sentido. A tradição parece que ainda é o que era.
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