21.3.11

sem fotografias

1000 quilómetros em dois dias. Uma entrevista pelo meio. Gostei das pessoas, gostei do sítio, mas acho que não. Não sei explicar bem porquê, a intuição diz-me que não, e acho que é tempo de a ouvir. Levei a máquina fotográfica. Não tirei uma única fotografia. Se calhar porque pelo meio dos 1000 quilómetros só parámos para dormir (a recepcionista do hotel tinha um crachá onde se lia um nome feminino, mas eu ia jurar que por baixo daquela camada espessa de base espreitava uma barba densa) e para a entrevista. Devia ter seguido o plano inicial e ter ido mais cedo, e sozinha, matar saudades de sítios e de momentos distantes. Nada contra a companhia, mas sou um ser pouco social. Gostava de me ter sentado sem pressa de chegar a gozar os 27 graus. Quase morri por não ter podido parar para fotografar aquele pôr-do-sol e aquelas árvores brancas. Desde pequena que a minha mãe me chama de bicho do mato, é capaz de ter razão.

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