22.7.13

The lake through my eyes
Se há coisa de que não me posso queixar é de monotonia, para o bem e para o mal. O que há dias me fazia escrever posts a transbordar felicidade transformou-se numa dor imensa. Não é que me achasse frágil, mas descobri que sou muito mais forte do que poderia imaginar. Passei sozinha por algo que deixa de rastos quem está rodeado de gente. Chorei quando a notícia me atingiu como uma bala (descobri que é possível chorar em conjunto por Skype, partilhar uma dor profunda à distância e, no entanto, em pura sintonia), depois respirei fundo, ergui a cabeça e avancei. Não chorei mais. Estive sozinha num sítio completamente desconhecido, nas mãos de quem não me entende quando falo, rodeada de felicidade e sorrisos, mas no extremo oposto dos sentimentos. No mesmo dia, aliás, no  exacto momento em que fechava um ciclo e iniciava outro, recebi a notícia que mais me poderia fazer feliz depois dos últimos dias de tristeza profunda. Dois meses em Itália e já me aconteceu tanto, mas tanto. Continuo a ter dificuldade em encaixar tantas vivências e tantos sentimentos em tão poucos dias.

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