Timor não me larga, ou eu não largo Timor. Ou não nos largamos um ao outro. Não sei qual das três descreve melhor a situação actual. Hoje comecei o dia com uma longa conversa telefónica para o outro lado do mundo e aquele português com sotaque moreno e sabor de água de côco avivou mais as saudades e as memórias de pessoas de sorriso doce e do pôr-do-sol cor de fogo. Parece que foi ontem e, ao mesmo tempo, foi há tanto tempo já. Eu mudei, aconteceu-me tanta coisa, mas a mais relevante foi ter-te reencontrado, por acaso, e desta vez sabermos que é para sempre. Ainda não sei se voltar ao outro lado do mundo em breve é uma possibilidade, mas sei que a ser só faria sentido contigo ao meu lado a partilhar o azul límpido e deserto de Jako e a silhueta de Ataúro.
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