1.1.15

opção certeira

Passados alguns dias após o nascimento posso afirmar que termos decidido ficar aqui apenas os três foi mesmo a melhor opção. Talvez tenha tido especial sorte com o parto, mas a verdade é que se tivesse tido essa possibilidade, assim que o Miguel nasceu, tinha pegado nele e nas minhas tralhas e tinha voltado para casa. Tive dores no parto. Apenas isso. Nada me doeu a seguir. Voltei para casa e regressei às minhas tarefas habituais. É certo que um pouco mais atordoada que o habitual, já que o puto mantém o ritmo que tinha quando ainda habitava dentro de mim, e tem como pico de actividade a noite. Mas a verdade é que nunca precisei de dormir muito para conseguir funcionar normalmente e isso mantém-se. A meio da tarde sinto um pouco de quebra, mas nada de grave (a ver vamos se me mantenho assim, ou se o acumular de noites mal dormidas dará sinal de si mais para a frente). 

Perguntam-me frequentemente pelos baby blues. Não me sinto tomada pelas hormonas (também não senti durante a gravidez) e ainda não me deu para chorar. Para já sinto-me eu, com as minhas formas de agir e de pensar habituais. Só me lembro de um momento em que dei comigo a olhar para a minha barriga e a achá-la estranha, por estar vazia. Ainda estava na marquesa, o Miguel tinha acabado de nascer e vi uma barriga flácida e oca. Foi a única altura em que pensei de mim para mim pronto, deixaste de ser o ninho do pequeno ser que tens agora nos braços. Mas o que tens agora nos braços desviou-me completamente a atenção da barriga vazia.

A data prevista do nascimento era hoje, mas fico muito feliz por o Miguel se ter juntado a nós uns dias antes e por poder escrever este post enquanto olho para ele, serenamente a dormir à minha frente.

1 comentário:

  1. Ainda bem que tudo está a correr bem por aí! Eu fui uma das que duvidou da opção...mas, para o meu viver, é preciso uma aldeia para educar uma criança! É o casal que deve escolher como acolhe a sua cria e fico bem contente por, à distância, saber que os três se vão conhecendo a pouco e pouco...Um abraço virtual! E um grande 2015...

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