14.6.11

não fazer nada

"Mas ainda ainda estamos a meio do ano!", diz ele quando quase a meio de Junho digo que estou cansada, que o ano está a chegar ao fim e que só me apetecem férias. O meu ano sempre foi o escolar e não o ano civil. "És como os putos!", responde ele. Confirmo, no calendário sou como os putos. O ano começa em Setembro e termina em Julho, coisa de quem nunca saiu do ambiente escolar, embora tenha passado de um lado da barricada para o outro. Cheguei àquela fase do ano em que estou em serviços mínimos, estou cá, mas não estou. Não exijam muito de mim, não me peçam para fazer não sei o quê para ontem, porque nesta fase do ano o meu ritmo de trabalho roça o muito devagarinho. Não me apetecem livros de trabalho, artigos e palavras como metodologia, epistemologia e afins. Eu quero é sopas e descanso ou, se quiserem que traduza, quero romances, espreguiçadeiras, areia e mar, mini-saias, calções, fotografias, cheiro a protector solar, gelados e sumos naturais, sandálias e muito não fazer nada.


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