É capaz de ser uma contradição, mas tive vontade de voltar a escrever numa altura em que até tempo para respirar me falta. Tenho ali um prazo a rebentar tipo bomba-relógio, tenho mil e uma pequenas coisas que me batem à porta a toda a hora, outras que me entram sem apelo nem agravo pela caixa de correio e tenho um telefone que insiste em tocar. Já o disse há muito tempo e continua a fazer sentido: escrever é um grito mudo. E penso que por isso, nestes momentos críticos em que se esperaria que não perdesse tempo com palavras no éter, escrever, nem que sejam frases sem grande importância, me ajuda a manter a sanidade mental e o equilíbrio. Em vez de abrir a janela e gritar alto e bom som, venho aqui, escrevo meia dúzia de linhas, e sinto-me muito mais leve e a acreditar que vou cumprir os prazos todos. Inspira, expira e continuemos a riscar tarefas da lista.
Também deixei os blogues (necessitei de uma pausa da blogosfera) e agora volto, pouco a pouco...
ResponderEliminarJoin the club, aqui também o trabalho vem em cascatas :)
Bjs, Moura Aveirense
Como eu posso compreender tão bem este estado de espírito, Rosa... Este e o outro, mais acima. Também preciso bastas vezes, antes de atacar aquilo que é urgente, de fazer esta higiene mental que consiste em escrever algumas linhas. Para mim e por mim. E também ando a fazer de conta que não existiu. Que foi um deleite ir assim de improviso ver onde fica Fajões, em Oliveira de Azeméis. E como é o viver daqueles lugares e suas gentes. O que me vale é que descobri também o Monte de São Marcos e a Torreira, onde não tinha jamais posto os pés. E fiz a ligação entre estes dois pontos geográficos, bem distantes das paragens da capital, onde sobrevivo.
ResponderEliminarPerdoe o longo desabafo que aqui faço, Rosa. Benvinda de novo à escrita e à reabertura da sua galeria fotográfica virtual.
Beijim! ;-)
Giuseppe
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