Timor foi uma paixão que se transformou em amor. Desconfio que será daqueles amores que duram para sempre, mesmo que nunca mais nos encontrássemos. Ficaram as memórias dos momentos doces e dos mais arrebatados, ficaram as memórias do sítio onde me virei do avesso, e onde mudei de rumo a tantos níveis. Timor será sempre o sítio onde fui puramente eu, sem querer saber do que os outros poderiam pensar. Timor foi a temperatura que nos queima por fora e nos faz ter sentimentos que nos queimam por dentro, foram sentimentos tropicais regados por noites de luar molhado, foram sorrisos doces, foram gestos repentinos e genuínos, foi a praia paradísiaca e o mar que não refrescava, foi o medo e a serenidade, foram olhares de desejo e lágrimas de dor. Pouco tempo depois de ter regressado ardi de saudades. Depois aprendi a lidar com elas e fui moderada e paciente o suficiente para conseguir ter o regresso assegurado. Sorri, chorei de emoção pelo regresso ansiado e conseguido a pulso, fruto do meu trabalho e da minha vontade.
Tinha na mão o que mais queria, mas foi-me posta na outra mão uma proposta inesperada e não tive a menor dúvida na opção a tomar. Uma paixão não resistiria a este adiamento, mas um amor resiste. Timor, não te troquei, apenas de adiei.
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