8.3.13

das voltas e reviravoltas que a minha vida deu em poucas semanas

Timor foi uma paixão que se transformou em amor. Desconfio que será daqueles amores que duram para sempre, mesmo que nunca mais nos encontrássemos. Ficaram as memórias dos momentos doces e dos mais arrebatados, ficaram as memórias do sítio onde me virei do avesso, e onde mudei de rumo a tantos níveis. Timor será sempre o sítio onde fui puramente eu, sem querer saber do que os outros poderiam pensar. Timor foi a temperatura que nos queima por fora e nos faz ter sentimentos que nos queimam por dentro, foram sentimentos tropicais regados por noites de luar molhado, foram sorrisos doces, foram gestos repentinos e genuínos, foi a praia paradísiaca e o mar que não refrescava, foi o medo e a serenidade, foram olhares de desejo e lágrimas de dor. Pouco tempo depois de ter regressado ardi de saudades. Depois aprendi a lidar com elas e fui moderada e paciente o suficiente para conseguir ter o regresso assegurado. Sorri, chorei de emoção pelo regresso ansiado e conseguido a pulso, fruto do meu trabalho e da minha vontade.

Tinha na mão o que mais queria, mas foi-me posta na outra mão uma proposta inesperada e não tive a menor dúvida na opção a tomar. Uma paixão não resistiria a este adiamento, mas um amor resiste. Timor, não te troquei, apenas de adiei.

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