6.3.13

Se não fosse complicada não era eu. Se não tivesse dúvidas dez minutos depois de ter tido todas as certezas do mundo não era eu. Eu já sou normalmente este poço de confusões e reviravoltas, o contexto actual  ainda me vira do avesso mais do que o habitual. Inspiro fundo, expiro pausadamente. Recupero a calma até me recordar que daqui a dois meses não sei como será nada. Tudo seria tão fácil se fosse como estava planeado. De certeza que neste momento estaria a pensar nas viagens de fim-de-semana, a recolher informação sobre as redondezas, a sonhar com o que me espera. Pelo contrário, não planeio nada, sugo o tutano dos dias presentes, e desespero quando sinto que estou a desperdiçar momentos que mais tarde me alimentariam as saudades. Quero ir, mas... Este "mas" chegou quando eu achava que o timing era perfeito. Não foi, nunca é. Alguns estranham a aparente serenidade e a falta de entusiasmo. Disfarço, escudando-me no muito trabalho do momento. Não posso contar que desta vez quero seguir os passos todos, fazer tudo no momento acertado, dar tempo ao tempo, saborear as pequenas coisas, mas que me falta o essencial. Este tempo que tomamos como garantido falta-me agora. E tu vais-me faltar depois, quando estiver onde quero estar...

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