Não sou medricas, não sou cautelosa por aí além. Faço, na maior parte das vezes, o que apetece (conduzo com chuva torrencial e com vento que faz abanar o carro podendo estar em casa, porque naquele dia me apetecia conduzir*; faço praia em Fevereiro porque o sol chama por mim**; digo que gosto e que tenho saudades porque é verdade, e quero lá saber do que o outro pensa). Atiro-me de cabeça de vez em quando. Ao contrário do que possa pensar quem não me conhece bem, tenho bom senso. Mas isso não invalida que não me atire para a frente, que não corra atrás do que quero, que não corra riscos. Não jogo pelo seguro, porque continuo a acreditar que um risco bem calculado pode trazer muitas vantagens agarradas. Mas um risco é sempre isso mesmo, e há alturas em que por mais ponderação que tenha havido, a sorte (não será só sorte, mas ok) não está do meu lado e dou comigo estendida ao comprido, depois de uma valente queda. Acontece, é a vida. Mas a questão é mesmo essa: a vida não é ficar quietinha à espera que aconteça, a vida é fazer acontecer.
*cheguei intacta a casa
** o banho de mar deixou-me surda durante 2 semanas
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