4.12.12

aladino

[O universo tem um certo espírito de contradição. Passa tempos e tempos sem nos dar ouvidos, nem olhos, nem nada. Depois, um dia, sem razão aparente, lembra-se de nos dar aquilo que mais queremos. E já que se lembrou de nós, e estamos ali à mão de semear, não nos concede apenas um dos desejos, concede-nos logo dois ou três, para ficarmos satisfeitos e de barriga e espíritos cheios. A verdade é que, na maior parte das vezes, esses desejos não são conciliáveis, mas o universo não sabe porque andava distraído, e nós, que nunca achámos que as utopias pudessem ser reais, não doseámos os sonhos e as vontades. Deparamo-nos então com contradições de difícil solução. Ainda assim, antes tudo que nada.]

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