4.12.14

36 semanas!

Não consigo deixar de me espantar com os números que a cada semana vão aparecendo nos títulos destes posts: 36? Isto é mesmo a sério? Apesar das duas gravidezes com fim nada feliz, acreditava que era possível e por isso continuei a tentar, mas não deixo de me surpreender por ter chegado até aqui.

O primeiro trimestre custou. Foi lento, cada dia parecia demorar muito mais que 24 horas e, umas vezes conscientemente, outras de forma inconsciente, o medo de que a história se poderia repetir estava presente. O segundo trimestre trouxe as hemorragias sem motivo aparente e obrigou-me a ficar várias semanas em casa. Não foram momentos fáceis. Apesar de nessa altura termos ultrapassado já a barreira onde ficámos presos nas duas vezes anteriores, o receio de que outro obstáculo nos impedisse de prosseguir esteve bem presente. O terceiro trimestre trouxe-me os diabetes, mas tirando isso estou bem. Se tivesse aterrado de pára-quedas no terceiro trimestre da gravidez acharia que a gravidez é o paraíso. Às 36 semanas tenho mais seis quilos do que tinha inicialmente, continuo a mexer-me com facilidade, durmo bem e sem necessidade de almofadas em meu redor para me deixarem confortável. Que me lembre ainda não deixei de fazer nada do que habitualmente faria se não estivesse grávida (a não ser agora não poder viajar de avião). Sinto-me feliz e isso transparece: o cabelo está óptimo e a pele excelente. O bebé mexe-se muito, e nota-se que nesta fase o espaço disponível para as movimentações é já muito reduzido. De vez em quando faz muita pressão sobre determinadas partes da barriga, como se a qualquer momento fosse aparecer ali um pé ou mão!

Amanhã entro na 37ª semana e ainda me custa acreditar que até ao final do ano ou mesmo no início do próximo o M. se vai juntar a nós. Muitas grávidas que conheço sentiram os seus bebés a "encaixar" algum tempo antes do nascimento, outras foram sentindo contracções algumas semanas antes da hora H. Para já não me apercebi de absolutamente nada fora do comum, de modo que começo a achar que o rebento se sente bem na sua casa e é bem capaz de não nos fazer a vontade de nascer antes do Natal.

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