12.12.14

opções

A maioria continua a achar estranho que o bebé nasça em Itália, e eu continuo sem perceber a admiração. É uma decisão puramente prática e racional. Caso o bebé nascesse em Portugal eu teria que voar pelo menos um mês antes do parto para lá. O pai trabalha em Itália, o que significaria que ficaríamos um em cada lado. Depois, nada nos garante que o rebento nasça no dia X. Logo o pai corria o risco de não estar quando o miúdo decidisse nascer. Após o parto eu e o bebé não poderíamos regressar a Itália num abrir e fechar de olhos, o que significaria que mais uma vez o pai voltaria sozinho para Itália e nós ficaríamos em Portugal. Perante isto, não percebo o espanto. Faria algum sentido o bebé nascer em Portugal?

Depois desta questão esclarecida vem outra mas os vossos pais não vão para Itália quando o bebé nascer? Não, foram avisados que nós queríamos estar sozinhos. Então e quando é que conhecem o neto? Quando formos a Portugal pela primeira vez! Eu sei, sou uma ave rara, mas sou uma ave rara que gosta de pensar de forma prática no que é melhor para si e para quem me rodeia. E este é um momento em que devemos ser egoístas. Virmos três para casa já é novidade suficiente para nós. Há toda uma realidade nova a descobrir, há que saber como a gerir e como nos adaptarmos a ela. Parece-me que isso já é novidade mais que suficiente para os primeiros tempos. Se juntássemos a isso termos mais 2 ou 3 pessoas em casa, que não costumam estar por cá, para mim seria o caos, ainda que estivesse a falar dos meus pais. Sim, daria um jeitão ter alguém que pudesse vir cá a casa dar uma ajuda pontualmente. Mas estamos a viver noutro país, logo quem viesse não vinha por umas horas, vinha e ficava uns dias ou umas semanas. Acredito que algumas pessoas se dessem bem assim, mas eu conheço-me o suficiente para saber que para mim não é uma boa solução. Claro que os avós gostariam de conhecer o neto assim que ele nascesse, eu também gostaria que assim fosse. Mas, neste momento, esta não é a melhor opção, nada a fazer. Conhecem-no quando já tiver um mesito, não vejo que venha daí mal ao mundo.

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