3.12.14

finalmente serenei relativamente aos diabetes

Não é fácil, especialmente para quem como eu gosta de controlar tudo, aceitar que o corpo tem vontade própria e que por muito que eu queira ou faça, há aspectos que não dependem das minhas acções ou do meu querer. Acho que o que mais me custou relativamente aos diabetes foi aceitar que era algo que eu não conseguia controlar sozinha.

De uma forma geral conseguia ter valores aceitáveis ao longo do dia, mas não em jejum e esse foi um problema que não consegui resolver. Li páginas e páginas sobre diabetes gestacionais, encontrei dicas em fóruns, pus essas sugestões em prática, mas nada funcionou comigo. O valor da glicose em jejum era sempre superior ao permitido, fizesse o que fizesse.

Desejei que o médico me mandasse tomar insulina para resolver este problema, o que, felizmente, acabou por acontecer. Tomo uma dose mínima diariamente, à noite, apenas para evitar que o valor da glicémia em jejum seja exagerado. Relativamente ao resto do dia continuo com a dieta e isso é suficiente para ter valores dentro dos padrões desejáveis.

Fujo completamente à dieta que me foi prescrita, porque essa comigo não funcionava, mas consegui encontrar alternativas que me deixam saciada e feliz. Fui experimentando alimentos, e combinações de alimentos, e consegui encontrar um leque de opções para ir variando, conseguindo manter os valores de glicose no sangue dentro do desejável. Não digo que depois do parto continuarei a fazer o que faço agora, mas tenho a certeza que alguns hábitos recentes são para manter. Como já tinha dito antes, o lado bom dos diabetes foi obrigarem-me a alterar a alimentação (que já não era desequilibrada), o que consequentemente me ajudou a controlar o aumento de peso. Continuo com apenas seis quilos a mais do que tinha quando engravidei e peso menos do que pesava há dois meses. O bebé tem peso e medidas normais. Portanto, estamos os dois muito bem.

Um aspecto curioso é que notei que se tornou muito mais fácil controlar os valores da glicémia assim que aceitei que estava a fazer o melhor que podia, independentemente do valor que me aparecesse no aparelho após a picadela no dedo. Estava a fazer o que me era possível, mais do que isso não podia fazer. Tinha lido que o stress não ajuda nada nestes casos e acabei por o confirmar: assim que serenei os valores melhoraram. Claro que o meu sossego também surgiu depois de confirmar que estava tudo bem com o bebé e que a alimentação que praticava não só não o prejudicava, como contribuía para que tudo estivesse bem com ele.

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