23.12.11

sequelas

Idealmente ninguém magoaria ninguém e tudo seria muito mais simples. Mas a vida é feita de encontros e desencontros e raramente a pessoa com quem queremos estar é a pessoa que quer estar connosco. De vez em quando o universo entra em sintonia e parece que a coisa se dá, mas é pouco frequente.
Já me lançaram minas dentro do peito que devastaram tudo, sem deixar ponta de sentimento onde me agarrar. Uma espécie de floresta totalmente queimada sem uma única erva daninha verde para contar a história. E é por ja ter passado por isso que sei o quanto custa a quem está do outro lado, quando somos nós que colocamos o ponto final. Também é por essa razão que nunca um fim meu é uma estratégia ou uma jogada. O meu fim é isso mesmo: um final sem margem para negociação. Não me venham com conversas de ser muito radical e de me estar pouco importando com o outro. Houve uma altura na minha vida em que era dada a paninhos quentes. Não resolvia o que havia para resolver no imediato, andávamos ali numa espécie de morte lenta e anunciada que nunca mais se dava. Magoava-me por prolongar o que não tinha hipótese de sobrevivência e feria o outro, enquanto lhe criava uma esperança falsa.

1 comentário:

  1. Eu acho que também sou um pouco assim!
    Para mim não existe o tal volta e não volta.
    Ou se e feliz ou não!
    Esta coisa dos tempos não funciona comigo.

    Feliz Natal
    Baci*

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