Antes de ir aconselharam-me a levar biquíni, que havia um lago por perto e que iria dar jeito. "Suécia", "biquíni" e "lago" eram palavras que na minha mente portuguesa não combinavam. O dia em que cheguei foi o dia mais frio. Ou então estava a sofrer os efeitos do choque térmico e afinal não estava assim tanto frio. A verdade é que no dia seguinte tudo em redor amanheceu em tons de branco, e o gorro, o cachecol e as luvas me souberam muito bem. Capacidade de adaptação foi coisa que nunca me faltou e nestes poucos dias dei comigo a passear na floresta sem gorro nem luvas, e a não ter frio nenhum. Na última noite fizemos aquilo que nos primeiros dias nos parecia ser o máximo da loucura. Depois de uma bela meia hora de sauna (sauna com lenha, nada de saunas eléctricas como as que temos por cá; era uma espécie de lareira com formato de sauna!) saímos descalços, de biquíni ou calções, para os 2ºC lá fora, descemos as escadas e mergulhámos no lago. Sim, a água estava gelada. E, sim, gostámos tanto que voltámos à sauna e regressámos ao lago, uma e outra vez. Agora, já do lado normal das nossas vidas, comentamos entre todos o bem que nos sabia repetir a aparente loucura.
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