2.10.14

sentir a gravidez

Diabetes gestacionais confirmados. A médica acha que no meu caso isto não se controla apenas com dieta porque a origem é claramente hormonal, de modo que, apesar de me ter reencaminhado para um especialista, já me avisou que vou ter que tomar insulina.

Também me mandou medir a tensão diariamente. Não me explicou porquê, mas consigo imaginar. Proteínas em excesso na urina, aliadas a tensão alta são sinais de pré-eclâmpsia. Até agora a tensão tem andado perfeitamente normal, mas como a cada mês que passa eu vou tendo uma surpresa, vamos lá ver o que aí vem.

Cada vez mais acho o que já afirmei há uns tempos, o corpo da mulher suporta a gravidez, mas que é uma violência, é. Violência esta que se revela em graus e formas diferentes de mulher para mulher. Eu nem sequer tenho grande razão de queixa.

Gosto de estar grávida pelo que isso significa, gosto incondicionalmente do ser que habita as minhas entranhas. Sei que vou ter saudades de sentir os movimentos do bebé M dentro de mim. E estou claramente feliz por, finalmente, à terceira tentativa, ter conseguido chegar até aqui. Se me agrada realmente estar grávida, sentir o corpo a mudar e a aumentar a cada dia que passa? Não, não gosto nada, dispensava bem esta parte. Não fui uma daquelas grávidas que depois de terem 2 centímetros a mais de barriga a espetaram para fora e saíram de casa entaladas em roupas justas. A gravidez, para mim, é um estado necessário para que possa ter o M finalmente connosco, mas não é, por si só, um estado que me faça brilhar os olhinhos de felicidade.

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